A Polícia Civil de Santa Catarina finalizou a investigação que apura as circunstâncias dos fatos ocorridos no dia 21 de março de 2025, no bairro São Sebastião, Criciúma, ocasião em que veio a óbito uma jovem de 23 anos.
De acordo com os elementos colhidos, na data discriminada acima, os policiais civis da Delegacia de Combate às Drogas foram cumprir um mandado de prisão contra um jovem de 20 anos, investigado pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.
No momento do cumprimento da prisão, o jovem estava a bordo do veículo dirigido por outro homem. Os agentes abordaram os indivíduos, tendo o motorista desobedecido a ordem de parada, dado marcha a ré e acelerado bruscamente contra os policiais. Imediatamente atrás do veículo, em pé na via, estava uma agente policial que, usando dos meios necessários para não ser atropelada e morta, efetuou um disparo de arma de fogo contra o automóvel, vindo o motorista a bater na viatura policial e cessar o movimento.
Após conseguirem sanar a agressão e efetuar a prisão do investigado, descobriu-se que no banco traseiro do veículo estava a jovem, companheira do preso. Ela foi atingida na cabeça e veio a óbito.
No dia dos fatos, o motorista foi autuado em flagrante delito por ter tentado atropelar a policial civil.
Dando continuidade a investigação, verificou-se que não foi primeira vez que o mesmo motorista utilizou o carro como arma. No ano de 2024, ele lesionou dois servidores municipais de Içara ao colidir propositalmente contra o veículo das vítimas.
Em uma residência próxima ao local dos fatos, os policiais da Delegacia de Homicídios de Criciúma apreenderam um cartão de memória de uma câmera de vigilância. Embora o aparelho não monitorasse as imagens do local, foi possível capturar os sinais sonoros da abordagem. Ao analisar os dados, verificou-se que durante a abordagem os agentes deram ordens claras de “polícia” e “saia do carro”.
Assim, ao final da investigação, reiterou-se o indiciamento do motorista pelos crimes de homicídio tentado e resistência.
Sobre a conduta da policial civil, as provas colhidas (oitivas dos envolvidos, documentos anexados e perícias realizadas) corroboram que a agente agiu em legítima defesa contra a injusta agressão iminente provocada pelo motorista.
Os elementos colhidos foram encaminhados ao Poder Judiciário e Ministério Público para serem tomadas as providências cabíveis.