A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR/DIC Criciúma), concluiu uma investigação que apurou um caso de extorsão mediante sequestro ocorrido no bairro Vila Nova Esperança, em Criciúma. A ação resultou na libertação da vítima e no indiciamento de dois homens, com pedido de prisão preventiva.
O crime foi descoberto após familiares da vítima acionarem a Polícia Civil, motivados por pedidos de resgate. A rápida atuação dos policiais da Delegacia de Roubos, ainda na tarde do registro da ocorrência, foi crucial para o desfecho do caso. Após breve conversa com os familiares na residência, os agentes localizaram a vítima sendo transportada pelos sequestradores em um veículo. Ao perceberem a aproximação da polícia, os criminosos abandonaram o carro e fugiram. A vítima, visivelmente debilitada, foi resgatada e recebeu assistência imediata da equipe.
De acordo com a investigação, a vítima permaneceu em cárcere privado por aproximadamente três dias, trancada em um cômodo sem janelas. Durante esse período, os autores exigiram o pagamento de R$ 2 mil como resgate, alegando falsamente que a vítima possuía uma dívida relacionada a drogas. A extorsão foi caracterizada por coação psicológica e ameaças de morte. Mensagens de texto e áudio, bem como uma chave PIX, foram enviadas à esposa da vítima. A análise dessas comunicações confirmou o conteúdo ameaçador e a intensa pressão exercida sobre os familiares.
A vítima relatou ainda ter sofrido agressões físicas e psicológicas, com o objetivo de impedir qualquer tentativa de fuga.
Com base em laudos periciais, análises técnicas e demais elementos reunidos no inquérito, a Polícia Civil identificou os autores e os indiciou por extorsão mediante sequestro, com agravante pela duração do cárcere. Diante da gravidade dos fatos e dos indícios de autoria, foi representada judicialmente a prisão preventiva dos envolvidos, visando garantir a ordem pública, a continuidade da investigação e a aplicação da lei penal.
A investigação da DRR/DIC de Criciúma contou com o apoio da Delegacia de Roubos e Antissequestro (DRAS/DEIC) e do Laboratório de Tecnologia Cibernética (CIBER-LAB/DEIC).