Na noite desta terça-feira (16), por volta das 20h30, a Polícia Militar de Urussanga foi acionada para atendimento de ocorrência de “agressão” na Praça Anita Garibaldi.
O acionamento se deu por uma ligação de um homem ao 190, informando que havia sido agredido pela companheira. No local, os policiais conversaram com o solicitante, que possuía alguns cortes no rosto e alegou que que foi agredido com uma garrafa de vidro por sua companheira enquanto dormia. O Corpo de Bombeiros efetuou o atendimento pré-hospitalar e o conduziu até o Hospital Nossa Senhora da Conceição de Urussanga.
Os policiais militares então, entraram no apartamento e localizaram a mulher deitada no chão da cozinha com sangue nas vestes e aparentemente desacordada. Pouco depois, a vítima acordou e levantou vagarosamente e com dificuldades. Relatou que sofreu ameaças de seu companheiro, onde moram juntos e tiveram uma discussão. Durante a discussão, ele lhe agarrou pelos cabelos, arrastando-a pelo chão enquanto lhe desferia chutes e socos nas pernas e rosto. Para se defender, conseguiu pegar um prato que estava sobre a mesa e arremessou contra ele, que acabou se ferindo e a largou. Ele então saiu do local ameaçando que “chamaria um pessoal para lhe matar”. Foi então solicitado que os Bombeiros retornassem para atendimento dela.
No corredor e chão da cozinha havia sangue, cacos de vidro por toda parte e chumaços de cabelo. Havia comida para duas pessoas, um dos dois pratos em cima da mesa e o outro estilhaçado no chão, evidenciando que ambos estavam na cozinha durante o ocorrido. Vizinhos comentaram que ambos estavam em atrito verbal desde o início da noite, “aos berros”.
Durante o atendimento da mulher ainda no apartamento, os funcionários do hospital fizeram contato por meio do 190 informando que havia um masculino agressivo no local, sendo o homem que tinha acabado de ser levado pelos Bombeiros. Que o mesmo não estava acatando o atendimento das enfermeiras e da médica, espalhando sangue por todos os lados e causando tumulto. Com a chegada da guarnição, ele estava na porta de vidro tentando sair, não acatou a ordem das guarnições para que se acalmasse e retornasse ao atendimento médico. Começou a gritar e a se automutilar com socos no rosto e dizendo, na presença dos funcionários e pacientes, que os policiais estavam lhe agredindo.
Tendo em vista que não estava acatando as ordens e resistia passivamente, foi necessário fazer controle de contato, algemá-lo e lavá-lo até a sala de atendimento. Mesmo na maca, se debatia e falava sem parar, em aparente estado psicológico alterado por uso de drogas. A Guarnição Policial Militar de Cocal do Sul prestou apoio no hospital para conter o autor.
Os cortes no rosto do homem foram suturados e a mulher passou por exames de Raio-X. Após serem liberados do atendimento médico, ambos foram conduzidos à Central Regional de Flagrantes de Criciúma.
