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Cocal do Sul confirma doença transmitida por gatos e amplia ações de prevenção

Casos foram registrados no bairro Boa Vista; infecção pode atingir humanos e outros animais, e mobiliza trabalho conjunto de orientação em toda a cidade

Foto: Divulgação
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A Secretaria de Saúde de Cocal do Sul confirmou dois casos de esporotricose felina no bairro Boa Vista. A doença é uma micose causada por fungos presentes no solo e pode ser transmitida por gatos infectados por meio de arranhaduras, mordidas ou contato direto com feridas, exigindo atenção e cuidados da população.

Após a confirmação, a equipe iniciou uma série de ações de orientação e prevenção, que começaram no bairro, mas serão ampliadas para todas as regiões da cidade, inclusive o Centro.

A agente de endemias Daiane Lopes explicou que a investigação começou após o alerta de uma moradora.

“Uma moradora entrou em contato relatando um gato com lesões na pele. Colocamos armadilhas em duas residências onde os animais frequentavam e, após a captura, eles foram levados ao Hospital Veterinário da Unibave, onde os exames confirmaram a doença”, relatou.

Com o diagnóstico confirmado, as ações foram iniciadas no Boa Vista pelas agentes comunitárias de saúde, que estão realizando visitas e repassando orientações aos moradores.

Caso novos animais com suspeita sejam encontrados, a equipe de Saúde da Família (eSF) comunica diretamente a Vigilância Epidemiológica, responsável por realizar a captura e o encaminhamento dos gatos para avaliação veterinária.

O médico-veterinário Eduardo Bez Birolo, coordenador do Sistema de Inspeção Municipal, reforçou que a esporotricose é uma zoonose que pode afetar tanto animais quanto pessoas.

“O contágio ocorre por arranhaduras, mordeduras ou contato direto com feridas de gatos infectados. Nos animais, surgem feridas de difícil cicatrização; já em humanos, aparecem nódulos e úlceras nos braços, mãos ou rosto. O tratamento é possível e deve ser iniciado o quanto antes, com acompanhamento veterinário”, esclareceu.

Ele também reforçou as medidas de prevenção: “Evite o contato direto com gatos lesionados, use luvas ao manusear animais, mantenha os doentes isolados e tratados, e reforce a guarda responsável para evitar o abandono”, orientou.

A secretária de Saúde, Giovana Galato, informou que o objetivo agora é expandir o trabalho de conscientização para toda a cidade.

“Essa doença é tratável, mas exige atenção. Começamos pelo Boa Vista, onde os casos foram confirmados, e agora as ações serão aplicadas em todos os bairros, inclusive no Centro. O cuidado precisa ser coletivo, entre a população, os profissionais e o poder público”, enfatizou.

A Secretaria de Saúde reforça que qualquer suspeita de gato com feridas ou lesões deve ser comunicada à unidade de saúde mais próxima para avaliação e orientação adequadas.

Texto: Kelley Alves

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