O prefeito de Sangão, Castilho Silvano Vieira (PP), é alvo de uma denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por supostos crimes contra a administração pública cometidos durante o seu segundo mandato. A acusação, apresentada no último dia 11 de julho pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), também envolve outras sete pessoas, entre empresários, servidores e o vereador licenciado e atual secretário de Obras, Anderson de Souza (PP).
A investigação faz parte da Operação Vale do Silício, deflagrada em 2021 pela 2ª Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (2ª Decor), e ganhou repercussão nesta semana após divulgação pela Rádio H2O, de Jaguaruna. Conforme o inquérito, entre 2012 e 2022, um esquema teria direcionado contratos de fornecimento e manutenção de equipamentos de informática para uma única empresa, pertencente a um casal de empresários, mediante pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
Castilho é acusado de associação criminosa, corrupção passiva, contratação direta irregular, fraude em licitação e peculato. Também consta na denúncia o ex-prefeito Dalmir Carara Cândido, suspeito de participação no suposto esquema.
O caso chegou à 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), onde o relator, desembargador Carlos Alberto Civinski, indeferiu um pedido de afastamento cautelar do prefeito. Para o magistrado, os fatos investigados não têm contemporaneidade suficiente e não há indícios atuais de risco à instrução processual.
Em nota, a Prefeitura de Sangão afirmou que não foi notificada oficialmente sobre a denúncia e que não existe medida cautelar que impeça o prefeito de exercer o cargo. O texto informa ainda que Castilho está em férias de 30 dias e que a administração municipal tem colaborado com as autoridades desde o início das apurações, fornecendo documentos e esclarecimentos.
Confira a nota na íntegra:
“A Prefeitura Municipal de Sangão informa que não recebeu nenhuma notificação referente ao processo relacionado à Operação Vale do Silício. Esclarecemos ainda que não existe nenhuma medida cautelar envolvendo o exercício do cargo do prefeito Castilho Silvano Vieira.
O prefeito Castilho solicitou, na última semana, férias de 30 dias, fato este que não possui qualquer relação com as investigações em curso. Desde o início das investigações, em 2021, até a presente data, o Município tem colaborado integralmente com as autoridades competentes, fornecendo toda a documentação necessária e prestando os esclarecimentos solicitados.
Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e o cumprimento das responsabilidades públicas em prol da população de Sangão.”