Imagens divulgadas nas redes sociais nesta semana mostram um leão-baio circulando em uma propriedade rural de Cocal do Sul, próximo do limite com Urussanga. Os vídeos (assista abaixo), gravados em plena luz do dia, mostram o felino de grande porte próximo a uma residência, observado por uma família que registrou a cena.
Além das imagens, relatos de moradores dão conta de que o animal estaria atacando criações domésticas. No bairro Santa Luzia, uma família relatou o desaparecimento de galinhas, gansos e até pavões nos últimos meses. Uma moradora contou que restaram apenas algumas aves e pegadas de um felino de grande porte foram encontradas na propriedade.
Monitoramento em andamento
O caso está sendo acompanhado pelo biólogo Vitor Bastos, que instalou armadilhas fotográficas em uma propriedade e já confirmou a presença do animal, mas disse que muitas informações que circulam nas redes sociais seriam falsas. Ele disse que está em viagem, mas nesta quinta-feira (4), deve repassar o que foi monitorado em Urussanga.
Desmatamento
De acordo com a Polícia Ambiental, um dos grandes motivos para animais como o leão-baio invadirem espaços urbanos é o desmatamento, que causa escassez de comida. A perda do habitat natural destrói seu ambiente de caça, levando à diminuição da população de suas presas e forçando o felino a invadir áreas agrícolas e urbanas em busca de alimento.
Sobre o leão-baio
O leão-baio (Puma concolor), também chamado de onça-parda ou suçuarana, é o segundo maior felino das Américas, podendo pesar entre 30 e 70 quilos. Predador de topo da cadeia alimentar, tem papel essencial no equilíbrio ambiental. Apesar de se alimentar preferencialmente de animais silvestres, pode atacar rebanhos domésticos quando há escassez de presas naturais. As principais ameaças à espécie são a fragmentação do habitat, atropelamentos e a caça.
Como proteger o rebanho e animais domésticos
De acordo com a bióloga Michele Ribeiro Luiz, coordenadora do Instituto Felinos do Aguaí, é possível adotar algumas medidas de prevenção quanto aos rebanhos e animais domésticos:
- Confinar o rebanho durante a noite, período de maior atividade do felino.
- Manter filhotes e animais prenhes próximos às casas.
- Utilizar cercas elétricas ou de espinhos ao redor dos currais.
- Instalar sensores de movimento com luzes ou alarmes.
- Usar cães de guarda de raças específicas, como Kangal e Cão de Montanha dos Pireneus.
- Evitar deixar carcaças ou restos de alimentos expostos.





