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Urussanga se despede de Nilton Manarin, aos 82 anos

Personagem conhecido por sua trajetória de aventuras, histórias e dedicação à cidade

Foto: Divulgação
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Urussanga se despede nesta sexta-feira (19) de Nilton Manarin, aos 82 anos, figura marcante da comunidade e conhecido por suas histórias que atravessaram gerações. Morador do município, ele faleceu nesta sexta-feira e será velado a partir das 17h na capela mortuária municipal. O sepultamento está marcado para este sábado (20), às 10h, no cemitério de Rio Maior, antecedido por oração de encomendação de corpo presente.

A história de Nilton foi contada com detalhes por Sérgio Maestrelli, no Jornal Panorama em 2022.

Nascido em Rio Maior, no dia 13 de agosto de 1943, Nilton era filho de Hermínio Manarin e Gracia Mazzucco, e foi criado também por sua segunda mãe, Amália Furlan. Vindo de uma família numerosa, a chamada “Manarinzada”, trazia no coração as raízes do interior, lembrando sempre os tempos de escola simples, com caderno e bolsa de pano, e lanches à base de batata-doce.

Desde cedo, mostrou espírito aventureiro. Aos 14 anos partiu em busca de novos caminhos, viajando a pé, a cavalo, de caminhão e ônibus. Passou por cidades de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, acumulando experiências que marcariam sua vida. Em suas memórias, recordava os tempos em Jupiá, distrito de São Lourenço do Oeste, onde conviveu com famílias de origem alemã e indígena e guardava lembranças de fartura simples: “Em Rio Maior, havia polenta à vontade com um pequeno toco de salame. Em Jupiá, havia polenta, queijo e salame à vontade”, dizia, com bom humor.

No Paraná, trabalhou com plantações de hortelã, vendida a japoneses em Maringá, e mais tarde conheceu de perto a expansão da Sadia, em Concórdia. No Rio Grande do Sul, atuou como ajudante de agrimensor e pintor de caminhões, antes de retornar definitivamente para Urussanga.

De volta à terra natal, Nilton se destacou na pintura de veículos, passando por oficinas locais e integrando a equipe da Dimasa, em Araranguá. Também deixou sua marca na vida social e econômica da cidade: esteve à frente do restaurante Cantina Belvedere, atuou na Transportes May Urussanguense e fez parte da história da distribuição da Brahma em Urussanga.

Casado com Amábile Canônica, é pai de Niltinho, Ronise e Graciângela, esta última batizada em homenagem às mães Gracia Mazzucco e Ângela Canônica. Nos últimos anos, reduziu o ritmo por questões de saúde, mas mantinha o hábito de caminhar diariamente pela Praça Anita Garibaldi, ponto de encontro e de muitas conversas com amigos.

Apaixonado pela vida em movimento, Nilton gostava de dizer que não sabia ficar parado. Tanto que, ao lembrar sua trajetória, recordava as palavras de sua mãe Amália, que brincava: “Nilton, vade onde adesso? Tu sei compagno al porcel di Santo Antônio”, em referência ao santo que, segundo a tradição, tinha um porco que o acompanhava por todos os lugares.

A despedida de Nilton Manarin é também um momento de recordar uma vida feita de histórias, amizades e contribuições à comunidade de Urussanga. Sua trajetória, marcada por idas e vindas, permanece como memória viva da cidade.

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