Os mais de 8,5 mil trabalhadores das indústrias plásticas de Criciúma e região terão reajuste de 6,5% em seus salários, retroativo a 1º de abril, mesmo índice a ser aplicado no PLR (Participação nos Lucros e Resultados), que neste ano será pago em parcela única, na folha de competência julho. As demais cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria foram renovadas. O aumento real foi de 1,30%.
A negociação da CCT foi concluída nesta quarta-feira (28), aprovada em reunião da diretoria executiva (fotos). Na avaliação do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região, Carlos de Cordes, o Dé, “foi uma das mais complexas dos últimos anos, mas conseguimos manter um nível aceitável de ganho real para todos os trabalhadores”.
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Segundo Dé, em um momento de economia aquecida, de produção em alta, vendas aceleradas, estoques reduzidos e, em contra partida escassez de mão-de-obra, pleno emprego a classe patronal reluta em valorizar os trabalhadores. “É difícil entender esta conjuntura, pois é neste momento que os empregados deveriam ser mais valorizados e as negociações menos travadas”, resume o dirigente sindical.
O piso da categoria, com o reajuste, passa a ser de R$ 2.229,80. O PLR com o reajuste será de R$ 1.233,74, e ao contrário dos anos passados, quando o benefício era pago em duas parcelas, neste ano o valor será quitado na folha de pagamentos de julho, a ser pago até o quinto dia útil de agosto. Na indústria que utiliza matéria prima reciclada, o piso agora é R$ 2.118,33 e o PLR R$ 1.179,12.