Quase 90% dos funcionários da Celesc cruzaram os braços na manhã desta segunda-feira (22), conforme informou o Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários (Intercel). A decisão pela greve foi tomada em assembleia realizada na última quarta-feira (17) e envolve unidades da companhia em todas as regiões de Santa Catarina.
De acordo com o sindicato, a mobilização tem como objetivo reivindicar aumento salarial e a equiparação de direitos entre os empregados. Apesar de uma rodada de negociações ocorrida na sexta-feira (19), quando a empresa apresentou reajustes em todas as cláusulas financeiras, a proposta foi rejeitada por ampla maioria. Além do reajuste, a categoria pede a retomada de benefícios retirados em negociações anteriores. O movimento não tem prazo para terminar.
Posição da Celesc
Em nota oficial, a Celesc disse lamentar a deflagração da greve e destacou que está em tratativas com os trabalhadores desde 28 de agosto. Segundo a empresa, a proposta mais recente trouxe “avanços significativos”, como reajuste salarial pelo índice da inflação, revisão dos auxílios também com base na inflação, aumento do vale-alimentação e a concessão de um vale extra em 2026.
A companhia ainda ressaltou que mantém o compromisso com programas de saúde e bem-estar, além da preservação de benefícios históricos.
Impactos no atendimento
Com a greve, os atendimentos presenciais em várias cidades foram suspensos. Apesar da adesão significativa, a empresa informou que equipes de eletricistas permanecem de plantão para responder a situações emergenciais e garantir a continuidade de serviços considerados essenciais, especialmente após os transtornos provocados pelas chuvas no fim de semana.
