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Seu espaço está vendendo por você ou contra você?

Em um cenário onde produtos e serviços se tornam cada vez mais similares, o que realmente diferencia uma marca? A resposta pode estar muito além do que se vende, e sim onde se vende

Fotos: Reprodução
Fotos: Reprodução

Por Leka e Maria, arquitetas da ATNA Arquitetura

Em um cenário onde produtos e serviços se tornam cada vez mais similares, o que realmente diferencia uma marca? A resposta pode estar muito além do que se vende, e sim onde se vende.

Apple, Starbucks e outras gigantes entenderam isso há tempos: o espaço físico é um ativo estratégico de branding. E não estamos falando apenas de grandes marcas. Negócios locais, de nicho, autorais ou emergentes têm uma enorme oportunidade nas mãos: transformar o ponto físico em um canal de comunicação sensorial, emocional e, claro, comercial.

“Um espaço comercial bem projetado é como um bom vendedor: silencioso, mas extremamente persuasivo”, afirma Maria, sócia da ATNA.

“Experiência que vende” – Flagship store da Apple ou loja conceito contemporânea — linhas limpas, luz natural, sensação de espaço e tecnologia.

Ambientes que vendem (mesmo antes de você abrir a boca)

Segundo a Harvard Business Review, 95% das decisões de compra são inconscientes e emocionais. Isso significa que o ambiente onde o cliente entra, espera, circula e consome pode ser mais determinante do que o próprio produto.

Um estudo publicado pela Retail Customer Experience revelou que os consumidores estão dispostos a pagar até 16% a mais por um produto apresentado em um ambiente que transmite valor, conforto e confiança. E mais: o tempo de permanência aumenta até 40% quando o espaço é agradável. Ou seja: o espaço influencia diretamente na conversão.

“A arquitetura tem o poder de prolongar o tempo, despertar desejo e construir valor — tudo isso antes da venda acontecer”, complementa Leka.

Ambientes que aumentam a permanência” – Comparativo entre dois cafés: um genérico, mal iluminado, e outro com projeto acolhedor e atmosfera sensorial.

Arquitetura é branding. E branding é estratégia.

Espaços físicos falam. Eles comunicam o que a marca acredita, o público que ela quer atrair e o quanto ela valoriza a experiência do cliente.

A flagship da Apple, com seu layout minimalista e tecnológico, não foi desenhada ao acaso. A Starbucks também não escolheu madeira, luz quente e aroma de café por estética. Cada detalhe traduz propósito, posicionamento e comportamento.

E aqui está o ponto: você não precisa ser uma multinacional para projetar com estratégia. Um estúdio de pilates, uma loja de roupas autorais ou até um escritório de advocacia pode — e deve — criar um ambiente coerente com a sua marca. A diferença entre “bonito” e “memorável” está na intenção.

“Arquitetura que traduz a identidade da marca”Loja de moda autoral com forte identidade visual no espaço: cores da marca, mobiliário diferenciado, exposição de produto como curadoria

Espaço bonito não é luxo. É retorno.

Investir em arquitetura pode parecer, à primeira vista, um gasto. Mas a realidade dos números mostra outra verdade.

Uma pesquisa conduzida pela Zaha Hadid Architects em parceria com o Royal Institute of British Architects indicou que um projeto arquitetônico bem executado pode aumentar em até 20% o valor percebido dos serviços. E de acordo com a Retail TouchPoints, clientes que têm uma boa experiência no ambiente físico têm 60% mais chance de voltar e indicar o negócio.

Não é exagero dizer que arquitetura é uma das formas mais rápidas — e duradouras — de agregar valor ao seu produto.

“Investimento com retorno real” – Antes e depois de um espaço comercial com e sem projeto arquitetônico — idealmente com números sobre faturamento ou fluxo de clientes (Projeto Atna)

Mas por onde começar?

Você não precisa derrubar paredes amanhã. Pequenas mudanças já fazem diferença — desde que tenham intenção estratégica. Veja algumas diretrizes que aplicamos nos projetos da ATNA:

• Posicionamento inteligente do mobiliário para guiar o cliente;
• Iluminação pensada para destacar produtos e criar atmosferas;
• Uso de cores e texturas alinhadas ao branding;
• Criação de zonas de permanência que estimulam a experiência e a conexão com a marca.

“Cada elemento do espaço físico pode ser uma ferramenta silenciosa de venda. A arquitetura certa não grita — ela seduz”, reforça Maria.

O espaço é parte do time de vendas

Se você tem um negócio, a pergunta que precisa se fazer hoje é simples: meu espaço físico trabalha comigo — ou contra mim?

Investir em arquitetura comercial é mais do que buscar beleza. É alinhar espaço, estratégia e marca em uma narrativa que conecta, encanta e converte.

E, como dizem as arquitetas da ATNA:

“Enquanto alguns tentam vender falando mais alto, outros vendem melhor apenas deixando o espaço falar.”

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