Na manhã desta sexta-feira (30), a Prainha do Farol de Santa Marta, em Laguna, foi palco de mais um grande cerco de tainha. Pescadores artesanais, utilizando canoas a remo, realizaram a tradicional técnica de pesca, mantendo viva uma prática milenar que envolve a comunidade local.
A cena foi marcada por peixes pulando nas redes e moradores descendo o morro para auxiliar na captura, evidenciando a união e o espírito coletivo que permeiam essa atividade. As imagens foram feitas pelo empresário e surfista, João Baiuka.
Tainha ainda não chegou no restante do estado
Enquanto isso, em outras regiões do litoral catarinense, como Florianópolis, pescadores ainda aguardam ansiosamente a chegada dos cardumes. A safra da tainha de 2025 começou abaixo do esperado na capital, com pescadores enfrentando o mar sem peixes e mantendo a esperança de que a situação melhore nos próximos dias.
Além dos desafios naturais, como as condições climáticas que influenciam a aproximação dos cardumes, os pescadores artesanais de Santa Catarina enfrentam questões regulatórias. Uma portaria federal estabeleceu uma cota de 1.100 toneladas para a pesca artesanal de arrasto de praia no estado, medida que gerou descontentamento entre os profissionais da pesca e autoridades locais. O governo estadual acionou o Supremo Tribunal Federal para tentar suspender a limitação, argumentando que a medida afeta exclusivamente os pescadores catarinenses.
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A pesca da tainha é mais do que uma atividade econômica; é uma manifestação cultural reconhecida como Patrimônio Cultural de Santa Catarina desde 2019. Ela envolve práticas comunitárias, saberes tradicionais e a cooperação entre gerações, fortalecendo os laços sociais e culturais das comunidades litorâneas.
Com a temporada de pesca da tainha se estendendo até julho, pescadores e comunidades costeiras mantêm a fé e a tradição, esperando que os ventos e as águas tragam os tão aguardados cardumes para todo o litoral catarinense.