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Morador de Imbituba desiste de lutar na guerra da Ucrânia e volta ao Brasil uma semana após embarcar

Magdiel Bastos, de 35 anos, afirma que promessas feitas a voluntários estrangeiros não foram cumpridas e que brasileiros estariam sendo enviados à linha de frente

Magdiel Constantino Bastos, de 35 anos, morador de Imbituba, decidiu embarcar para a Ucrânia com a intenção de atuar como voluntário na guerra contra a Rússia. O objetivo era se tornar militar e, com isso, garantir melhores condições de vida para seus três filhos. No entanto, a experiência durou apenas alguns dias.

O embarque aconteceu em 19 de julho, mas ao chegar ao destino e entrar em contato com outros brasileiros que já atuavam no conflito, Magdiel percebeu que a realidade era bem diferente do que havia sido prometido antes da viagem. Ele deixou a Ucrânia já no dia 21 de julho, sem assinar contrato militar, e retornou ao Brasil no dia 30, com o apoio de amigos.

“Quando cheguei lá, conversei com alguns brasileiros e eles me falaram que se fosse pelo dinheiro não valia a pena, porque não pagavam tudo o que era prometido. Também disseram que estavam colocando todos os brasileiros na linha de frente”, contou.

Diante da situação e sem recursos financeiros, Magdiel procurou apoio na embaixada da Polônia, mas foi informado sobre a burocracia do processo de repatriação. A orientação recebida foi de que fizesse uma vaquinha online para viabilizar o retorno ou buscasse uma forma de se manter na Europa por um período.

Com a ajuda de amigos no Brasil, ele conseguiu comprar a passagem de volta e, já em solo brasileiro, tenta retomar a rotina ao lado da família. O catarinense agora planeja investir em um negócio próprio e deixar para trás a tentativa frustrada de atuar em um cenário de guerra que, segundo ele, envolvia riscos e promessas não cumpridas.

A guerra na Ucrânia se estende desde fevereiro de 2022 e, passados mais de três anos de conflito, recrutas estrangeiros ainda são buscados para reforçar o exército ucraniano. Muitos, no entanto, denunciam condições precárias, falta de pagamento e envio direto para áreas de combate intenso.

Com informações NDMais

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