Cocal do Sul parou na manhã desta quinta-feira (2) para prestar uma homenagem carregada de emoção e simbolismo. No Cemitério Municipal, a Administração Municipal realizou o ato solene em memória aos 100 anos de falecimento de Paulo Giácomo Cecchinel, um dos primeiros colonizadores que ajudaram a construir as bases da cidade.
O corpo de Paulo Cecchinel foi previamente exumado e, durante a cerimônia, uma placa comemorativa simbolizou o reconhecimento da comunidade à trajetória de coragem e fé que marcou a vida dele e a formação do município.
O evento contou com a presença de autoridades, familiares, lideranças locais e comunidade. Ao som de músicas tradicionais italianas, o ato resgatou a trajetória do imigrante que, no início do século passado, chegou a estas terras ainda cobertas por densa mata, em meio a tropeiros, indígenas e enormes desafios.
“Imagina há 100 anos atrás, como tudo era difícil. Paolo Cechinel foi uma das famílias que acreditaram que este lugar poderia se tornar uma cidade forte, um município promissor. Hoje, esta homenagem é uma forma de reconhecer a coragem, a fé e o trabalho daqueles que colonizaram Cocal do Sul”, destacou o prefeito Ademir Magagnin.
Representando a família, o bisneto João Carlos Cecchinel lembrou da simplicidade e dos objetos que marcaram o início da vida de Paulo na cidade, uma misura de ouro, um relógio de parede e um tacho de cobre. “São peças que guardamos até hoje, e que representam mais do que bens materiais: representam a fé em um futuro melhor”, relembrou
O padre Orlando Cecchinel também participou do ato, reforçando a mensagem de humildade. “Orgulho e vaidade ficam para trás. Devemos viver com simplicidade, porque nada levamos desta vida”, declarou.
Já o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Juarez Fogaça, ressaltou a importância da memória histórica. “Este ato reafirma nosso compromisso com a preservação da história. Ao homenagear Paulo Cecchinel, homenageamos todos os pioneiros que acreditaram nesta terra e nos deixaram como herança o orgulho de sermos cocalenses”, pontuou.