A deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC), que está liderando as discussões sobre o traçado da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca. e suas consequências para as pessoas que já residem na região, fez um convite especial para a população do Sul de Santa Catarina participar da audiência pública nesta quinta-feira (17), às 19h, no CTG Estância do Retiro, em Jaguaruna. O encontro, autorizado pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, será uma mesa redonda para discutir os efeitos da atual delimitação da APA.
Segundo a deputada, o evento é um chamado para defender mais de 50 mil famílias catarinenses que vivem sob incertezas provocadas pela sobreposição da APA em áreas urbanas já consolidadas. “Essas famílias vivem sem sossego, sem saber se amanhã terão onde morar, muitas sem energia elétrica. Preservar a natureza é nosso dever, mas precisamos também cuidar das pessoas que vivem no litoral sul. O equilíbrio entre o indivíduo e o meio ambiente é fundamental”, declarou Geovânia em vídeo direcionado aos moradores da região e gravado a pedido do Portal Conexão Sul.
Criada no ano 2000, a APA da Baleia Franca atinge diretamente cidades como Jaguaruna, Imbituba, Laguna e Tubarão. A delimitação atual tem provocado insegurança jurídica, impedimentos ao desenvolvimento urbano e restrições severas a moradores e empreendedores locais.
Durante a audiência, serão ouvidos deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores, representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de associações comerciais e industriais do litoral sul.
Geovania destaca que o objetivo do encontro é buscar soluções concretas e uma possível revisão nos limites da APA. “A baleia vive no mar, o indivíduo na terra. Precisamos encontrar uma alternativa justa para proteger a espécie sem penalizar quem vive nessas áreas há gerações”, defendeu.
O evento é aberto ao público, e a parlamentar reforça o convite: “Não deixe de comparecer. Essa é a hora de unirmos forças para garantir o direito de viver com dignidade, sem abrir mão do compromisso com o meio ambiente.”
