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Santa Catarina tem inverno mais frio em 25 anos, aponta levantamento

Estado já registrou neve, geada e temperaturas negativas em 2025

Bom Jardim da Serra em julho de 2025 — Foto: Roberto Picolé/Divulgação
Bom Jardim da Serra em julho de 2025 — Foto: Roberto Picolé/Divulgação

Santa Catarina enfrenta em 2025 o inverno mais frio dos últimos 25 anos, segundo levantamento do professor Mário Quadro, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Em entrevista ao NSC Total, ele revelou que as temperaturas médias do inverno meteorológico estão entre 1°C e 1,5°C abaixo do esperado em todo o estado desde 2020.

Até essa quarta-feira (27), o estado já havia registrado três episódios de neve, geada e amanhecer com temperaturas negativas. Um dos destaques ocorreu em julho, quando Bom Jardim da Serra anotou a menor temperatura do Brasil, com -10,4°C.

Segundo o especialista, que coordena o Laboratório Multiusuário de Clima e Ambiente (LMCA), o fenômeno não deve ser visto como uma anomalia extrema, mas como uma manifestação mais intensa do padrão de inverno. A análise considera o período de junho a agosto.

Quadro explicou ainda que os invernos recentes foram influenciados por bloqueios atmosféricos, que impediam a chegada de massas de ar polar e mantinham temperaturas mais elevadas. Em 2025, a ausência desses bloqueios permitiu a entrada de ar frio mais frequente.

“O ano que mais se aproximou foi 2016, embora o Oeste catarinense tenha ficado um pouco mais quente que a média. Antes disso, 2013 também chamou atenção, com a famosa neve do Cambirela, em julho, mas naquele ano junho foi um pouco mais quente do que o normal”, lembrou.

Neve frequente na Serra

Segundo a Epagri/Ciram, órgão responsável pelo monitoramento climático no estado, a neve costuma ser mais comum em quatro municípios da Serra: São Joaquim, Urubici, Urupema e Bom Jardim da Serra.

De acordo com o meteorologista Marcelo Martins, a combinação de fatores como altitude, relevo e posição geográfica favorece a ocorrência do fenômeno. “A região recebe os sistemas frios e chuvosos vindos dos polos, que se chocam com massas úmidas e quentes da Amazônia”, explicou.

Com informações G1SC

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