Urussanga está prestes a receber um reforço fundamental na área da saúde: a implantação da Rede Feminina de Combate ao Câncer. Mais do que a criação de uma nova instituição, trata-se de um marco para a comunidade, que passará a contar com uma estrutura de apoio voltada à prevenção, diagnóstico precoce e acolhimento de mulheres em tratamento.
A iniciativa é liderada por Luizita Bertoncini Feltrin, a Zita, voluntária há seis anos da Rede em Orleans e assistente social aposentada, com 33 anos de experiência no serviço público. “Desde que iniciei meu voluntariado em Orleans, sempre me perguntava por que não fundar a Rede em Urussanga. Com o aumento dos casos de câncer que vemos todos os dias, percebi que estava preparada para plantar essa semente na nossa cidade”, relata.
Segundo Zita, a chegada da Rede supre uma necessidade urgente: oferecer não apenas informação, mas também apoio emocional, social e acolhimento às pacientes. “Nenhuma mulher deve enfrentar o câncer sozinha. Ter alguém que a escute com atenção e carinho faz toda a diferença nesse momento difícil”, destaca.
A proposta foi apresentada à prefeita Stela Talamini e à secretária de Saúde, Camila Martins, recebendo total apoio da administração. Agora, o desafio é formar uma equipe de voluntárias e estruturar o espaço físico da entidade. “O trabalho da Rede não se faz apenas com voluntárias. Precisamos também de parcerias com entidades, empresas e lideranças locais para viabilizar recursos e garantir a transparência das ações”, explica.
Acolhimento e informações
Entre os atendimentos previstos estão palestras educativas, campanhas de conscientização em escolas e empresas, visitas domiciliares, acolhimento às mulheres diagnosticadas e encaminhamentos dentro da rede de saúde. “A missão da Rede é humanizar o atendimento e mostrar a importância da prevenção. Só o fato de alguém receber a mulher com atenção e amor já é transformador”, completa.
Presente em 88 municípios catarinenses, a Rede Feminina é reconhecida pelo trabalho sério e independente, sem vínculos políticos. Para Zita, a receptividade em Urussanga já demonstra o potencial de sucesso da implantação. “Estamos recebendo muitas mensagens de incentivo. Acredito que a Rede será muito bem acolhida porque a comunidade entende a importância de fortalecer a prevenção e o cuidado com a saúde das mulheres”, avalia.
As expectativas são otimistas. “Com uma equipe comprometida, trabalhando com ética, sigilo e transparência, acredito que em pouco tempo teremos um movimento forte em Urussanga, trazendo mais esperança para tantas famílias”, finaliza.