Por Leka e Maria Eduarda – Arquitetas da Atna Arquitetura
Uma composição vibrante com diferentes elementos de cor em um mesmo espaço: uma sala comercial moderna com detalhes amarelos, um canto de café aconchegante em tons terrosos e um toque de azul em um móvel ou obra de arte. A ideia é mostrar cores no mobiliário, decoração e iluminação, não apenas nas paredes.
Quando falamos em cor, raramente lembramos que ela é capaz de influenciar nosso humor, nossa sensação de conforto e até nossas decisões de compra.
Na arquitetura e no design, compreender essa força invisível é um dos segredos para criar espaços que encantam, acolhem e, no caso de ambientes comerciais, vendem mais.
A arquiteta Leka comenta. “As cores são silenciosas, mas falam direto com as emoções. Escolher um tom não é só estética: é decidir como as pessoas vão se sentir e agir dentro do espaço.”
O poder emocional das cores
Nos ambientes residenciais, a cor molda o dia a dia: um quarto com tons suaves ajuda a desacelerar à noite; uma cozinha com toques vibrantes convida à interação; uma sala em tons neutros cria refúgio e equilíbrio.
Já nos espaços comerciais, ela pode ser decisiva para atrair clientes, prolongar a permanência ou impulsionar vendas.

Maria Eduarda acrescenta: “O cliente pode não lembrar da cor exata, mas lembrará da sensação que ela provocou. Isso vale para a sala da sua casa ou para a vitrine de uma loja.”
Exemplos que todo mundo já viveu
• Um restaurante com iluminação dourada e paredes em terracota que parece mais aconchegante do que o concorrente ao lado.
• Uma loja com detalhes em laranja que transmite energia e dinamismo, incentivando compras impulsivas.
• Um escritório pintado de azul e verde que ajuda a manter foco e reduzir estresse da equipe.
• Um quarto de hotel com tons neutros e tecidos naturais que fazem o hóspede sentir-se em casa.


Lojas com cores vibrantes e iluminação pontual, mostrando o impacto da cor na experiência de compra
Leka reforça: “Um simples detalhe — como a cor de uma cadeira ou de um balcão — pode mudar completamente a percepção do cliente sobre a marca.”
Cor como estratégia, não só como beleza
Em projetos comerciais, a paleta é pensada para comunicar valores da marca e conduzir a experiência do cliente.
Em residências, ela traduz a personalidade e as necessidades de quem vive ali, ajudando a regular energia, aconchego e vitalidade.

Maria Eduarda comenta: “Cor é linguagem. Se usada sem consciência, pode confundir. Se usada com intenção, se torna uma ferramenta poderosa.”
Como experimentar no seu espaço
Não é preciso reforma completa. Trocar capas de almofadas, incluir uma obra de arte, mudar a cor de um móvel, usar uma iluminação com temperatura diferente — tudo isso altera a atmosfera.
No comércio, detalhes sazonais de cor também ajudam a criar novidade e reter atenção.

Leka conclui: “A cor é o pano de fundo das nossas histórias. Ela molda memórias, direciona escolhas e define como queremos ser lembrados — em casa ou no trabalho.”