A safra da tainha em Santa Catarina, iniciada em 1º de maio, chega ao fim nesta quinta-feira (31) com mais de 1,1 mil toneladas de peixes capturados. Os dados são do painel de monitoramento do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), que acompanha o desempenho das modalidades autorizadas a atuar no período.
Na modalidade de emalhe anilhado, uma das mais tradicionais da pesca artesanal no estado, foram 1.123 toneladas pescadas, o que corresponde a 90% da cota autorizada pelo governo federal. Já a pesca de arrasto de praia somou 1.041 toneladas até agora e segue liberada até dezembro, o que pode aumentar ainda mais o total nas próximas semanas.
A pesca industrial, feita com embarcações maiores, também teve desempenho relevante: 412 toneladas, com 92% da cota já atingida.
Impasses marcaram início da safra
Antes do início da pesca, uma portaria federal publicada em fevereiro estabeleceu cotas inéditas para a captura da tainha na região Sul, gerando reação entre pescadores e entidades catarinenses. O Governo de Santa Catarina recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar derrubar o limite, mas o pedido foi recusado.
Ainda assim, ao longo da temporada, o MPA ampliou o teto para o arrasto de praia duas vezes: a primeira em 4 de junho, com acréscimo de 100 toneladas, e depois em 16 de junho, com mais 50 toneladas, chegando às atuais 1.250 toneladas permitidas.
Prazos por modalidade seguem vigentes
O encerramento da temporada não vale para todas as técnicas. Veja os prazos específicos:
- Arrasto de praia: até 31 de dezembro
- Emalhe anilhado: até 31 de julho (encerra hoje)
- Emalhe de superfície (até 10 AB): até 15 de outubro
- Emalhe de superfície (acima de 10 AB): até 31 de julho
- Cerco/traineira (industrial): até 31 de julho
Com o bom desempenho registrado e o cumprimento das cotas em quase todas as modalidades, a safra da tainha de 2025 consolida-se como uma das mais regulares dos últimos anos, mesmo diante dos desafios impostos pelas restrições federais.