Mais uma empresa do ramo plástico de Criciúma está em busca de jornada de trabalho alternativa para manter seu quadro de empregados, evitar mais pedidos de demissão e completar seu quadro funcional. Reduzir a semana para quatro dias, com turnos de 12 horas, é uma destas alternativas, que chegou à diretoria do Sindicato nesta semana e começa a ser detalhada com os representantes patronais.
“A empresa funciona, atualmente, de segunda a sexta-feira, em três turnos; contudo, falta mão-de-obra em todos os horários e a proposta é aumentar a quantidade de horas trabalhadas, de oito para 12 horas, mas com expediente apenas de segunda a quinta-feira; a empresa, ainda, se dispõe a pagar quatro horas extras por semana”, explica o presidente Carlos de Cordes, o Dé.
Conforme ele, outras empresas, atualmente, discutem com a diretoria do Sindicato e com seus empregados alternativas semelhantes, sempre pelo mesmo motivo: falta mão-de-obra na região. “Há uma indústria de mais de 100 empregados que, diariamente, contabiliza em torno de 10% de faltas em cada turno”, relata de Cordes, ressaltando que os turnos de 12 horas de segunda a quinta-feira, legalmente, são permitidos.
“Mas, para promover esta mudança é preciso que os trabalhadores concordem e isto é definido em uma assembleia que a diretoria do Sindicato faz com os empregados, depois de sanadas todas as possíveis dúvidas dos interessados”, diz o presidente do Sindicato, que no entanto, argumenta “os patrões precisam entender que é a combinação de condições dignas, jornadas de trabalho mais humanas e melhores salários que se resolve a situação”.
