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No porão de André Carara um museu vivo da história de Urussanga

Um pouco da história de Urussanga guardada em um porão no Bairro da Estação

Fotos: Acervo André Carara/Portal Conexão Sul
Fotos: Acervo André Carara/Portal Conexão Sul

No bairro da Estação, em Urussanga, um porão abriga mais do que objetos antigos, guarda memórias, afetos e a essência de uma cidade com raízes italianas profundas. O espaço pertence a André Carara, um apaixonado por antiguidades que transformou seu amor pelo passado em um verdadeiro museu particular.

Quem visita o local se surpreende com a diversidade do acervo: quadros históricos da cidade, máquinas, televisores de tubo, programações de festas antigas, como a da tradicional Festa do Vinho e do Ritorno Alle Origini, além de utensílios usados por imigrantes italianos, bicicletas antigas, objetos de família e até relíquias esquecidas do tempo.

A paixão de André pelas relíquias vem desde a infância. Ele relembra que sempre teve um apego especial a itens que contavam histórias. Mais tarde, ajudou o tio a montar uma pequena coleção que hoje, encontra um novo lar no porão de sua casa. “Tudo para mim tem o seu valor”, conta André. “É uma forma de me lembrar dos antepassados. Muitas dessas peças vieram do meu tio, de um espaço que ele tinha e que eu ajudei a fazer. Depois, quando ele precisou se desfazer, fiz questão de guardar com carinho”.

Ele conta que amigos e familiares sempre se surpreendem com o acervo. “Tem gente que entra aqui e diz que parece a casa da nona. Isso pra mim é o maior elogio”, sorri André. “Ver as pessoas se emocionarem ao reconhecer objetos do passado me dá um prazer enorme.”

Mais do que guardar, André também cria conexões entre os apaixonados por antiguidades. Há oito anos, ele fundou o grupo “Colecionadores Urussanga e Região Sul”, onde colecionadores trocam experiências, compartilham peças e até realizam vendas. O grupo virou um ponto de encontro digital para quem, como ele, valoriza o que o tempo não apaga.

Grupo Italiano, bandas municipais, histórias familiares e símbolos culturais compõem o universo afetivo de André. Cada objeto tem uma história, cada detalhe resgata uma memória. “Já fui parte de um grupo Italiano, toquei na banda… tudo isso está guardado aqui comigo, de alguma forma”, diz.

Para ele, preservar o passado é também uma forma de construir o futuro. “O que mais me chama atenção é ver o brilho no olhar de quem entra aqui. É como se a história ganhasse vida de novo.”

No porão de André Carara, o tempo não passa, ele repousa em cada prateleira, cada parede, cada lembrança cuidadosamente preservada. Um verdadeiro tesouro da memória urussanguense, mantido com afeto, dedicação e um imenso orgulho por suas origens.

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